Comunicação Interatrial. Como tratar?

A comunicação interatrial (CIA) se caracteriza por uma descontinuidade no septo interatrial, habitualmente, de origem congênita, que permite um fluxo entre os átrios.Há quatro tipos mais comuns de CIA, sendo o tipo “ostium secundum” (OS) o mais comum. Ele se localiza na topografia da fossa oval e responde por cerca de 80% dos casos e é o único passível de tratamento percutâneo. Os outros tipos, menos comuns, de CIA são tipo “ostium primum” (15% dos casos), tipo seio venoso (5% dos casos) e o do seio coronariano (menos de 1% dos casos). Esses outros frequentemente se associam a outras malformações cardíacas e sua correção é sempre cirúrgica.

O CIA tipo OS se manifesta com sintomas de palpitações e intolerância aos exercícios. Frequentemente esses sintomas se manifestam apenas após a terceira década de vida. Ao exame físico, podem estar presentes um desdobramento fixo de B2 e um sopro ejetivo em foco pulmonar (hiperfluxo).

O diagnóstico é estabelecido por ecocardiograma que permite ver a descontinuidade do septo e o fluxo que, nos estágios iniciais, se dá entre o átrio esquerdo e o átrio direito. É comum observarmos sobrecarga de câmaras direitas.

A indicação de oclusão ocorre quando há evidência de sobrecarga de câmaras direitas (aumento de ventrículo direito com ou sem hipocinesia do mesmo, aumento do átrio direito e hipertensão pulmonar por hiperfluxo). A presença de sintomas não é mandatória para indicar o fechamento.

Para que o fechamento possa ser feito por via percutânea, o CIA deve ser do tipo OS e deve ter entre 5 e 38 mm de diâmetro e bordas com, no mínimo, 5 mm excetuando a borda anterior que pode ser inexistente. Essa avaliação deve ser feita pelo eco transesofágico.

O fechamento é realizado em sala de Hemodinâmica guiado pela fluroscopia e por ecocardiograma que pode ser transesofágico ou intracardíaco.

As principais complicações são arritmias cardíacas, embolização da prótese e tamponamento cardíaco sendo todas muito raras. Após o fechamento, o paciente deve manter anti agregação plaquetária com AAS por seis meses.

Alterações cardiovasculares no pós COVID-19

É sabido que a infecção pelo coronavírus é mais grave em alguns grupos de risco, dentre eles os pacientes portadores de doenças cardiovasculares. Porém, observa-se que, mesmo em pacientes sem comorbidades prévias, a COVID-19 pode levar a alterações cardiovasculares graves. Isto se deve a um estado inflamatório causado pelo vírus, levando a alterações pró-trombóticas, vasculares e miocárdicas.

Nos quadros respiratórios mais graves (SARS-CoV-2), essas alterações são mais frequentes. Porém, temos visto complicações cardíacas mesmo em pacientes assintomáticos ou com quadro gripal leve. Muitas vezes o que leva o paciente ao hospital não é o quadro gripal, mas sim a dor torácica. Outras vezes, a falta de ar leva à procura pelo atendimento médico, mas a causa não é pulmonar (SARS-CoV-2) e sim um Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) ou uma inflamação do músculo cardíaco (miocardite).

Outro ponto que devemos salientar é que, mesmo após a melhora dos sintomas gripais, as alterações cardiovasculares ainda podem estar presentes, mesmo sem causar sintomas. Estamos vendo alguns casos graves de IAM em adultos jovens de 2 a 4 semanas após o início do quadro.

É desejável que, após a COVID-19, os pacientes, mesmo que já assintomáticos, procurem atendimento médico não só para avaliar seu estado de saúde, mas também para orientações quanto ao retorno à atividade física, especialmente quem pratica exercícios de alta intensidade. O risco é que haja algum dano miocárdico que possa levar a arritmia cardíaca grave e morte súbita, induzida (ou não) pelo esforço físico.

Importância do acompanhamento pós-covid

Segundo pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), um grupo acompanhado pelos pesquisadores afirma que, mesmo após a recuperação da contaminação pela Covid-19, continua a ter sintomas como fadiga e falta de ar, além de sentirem impactos negativos em seus estados emocionais. Essa pesquisa mostra a importância da assistência à saúde do paciente após sua recuperação.

As complicações mais comuns e conhecidas são as que acometem o sistema respiratório, especificamente o pulmão, em que o paciente pode apresentar falta de ar, com o quadro podendo evoluir, em casos mais graves, para uma Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA). Contudo, é necessário ressaltar que, após a recuperação, há também a possibilidade de complicações para a saúde a longo prazo em outros importantes sistemas do corpo humano como os sistemas cardiovascular, urinário, neurológico e endócrino.

Os casos devem ser estudados e acompanhados individualmente por um especialista a fim de proporcionar ao paciente tratamento personalizado e eficaz para sua reabilitação pós-covid. Em algumas situações pode ser necessário que o paciente faça fisioterapia, por exemplo.

Agende seu Check-up Pós-Covid com a Rede Mater Dei de Saúde através do site www.materdei.com.br ou entre em contato pelo número (31) 3339-9563.

Responsável: Lucas Lodi
CRM: 36986
Coordenador da Cardiologista Intervencionista do Hospital Mater Dei Contorno e Mater Dei Betim-Contagem

Valvoplastia na Estenose Mitral

Segundo as diretrizes brasileira (@sbc.cardiol) e americana (@americancollegeofcardiology), ambas publicadas em 2020, a valvoplastia mitral percutânea está indicada na:
– Estenose mitral grave (área valvar mitral < 1,5 cm2): a) sintomática b) assintomática associada a complicadores (hipertensão pulmonar ou fibrilação atrial de início recente). - Estenose mitral progressiva (área valvar > 1,5 mm2)
a) sintomática com teste de estresse confirmando a gravidade hemodinâmica da estenose mitral.

As principais contraindicações à valvoplastia por balão são:
– Presença de regurgitação mitral moderada ou grave
– Presença de trombo no átrio esquerdo

Figura valvoplastia (fonte: Heart – mesmo artigo)

Artigo:

Ecocardiografia 3D pré e pós-valvoplastia.

Estenose Mitral

A estenose mitral, em 90% dos casos, é causada pela febre reumática, que leva ao espessamento e à calcificação das cúspides da valva mitral e seu do aparelho subvalvar e à fusão das comissuras, reduzindo sua abertura e sua mobilidade.

O principal sintoma é a dispneia aos esforços e o diagnóstico é realizado por exame físico e ecocardiografia.

As complicações comuns são hipertensão pulmonar, fibrilação atrial e eventos tromboembólicos (cerebrais, mesentéricos e de extremidades).

O tratamento medicamentoso é feito com diuréticos, betabloqueadores ou bloqueadores de canais de cálcio e anticoagulantes (casos selecionados).

Foto: Fonte: A.D.A.M.

Você sabe o que é uma Sala Híbrida?

O grande avanço no tratamento das doenças cardiovasculares nos últimos anos, buscando técnicas cirúrgicas menos invasivas e os procedimentos endovasculares se tornando cada vez mais complexos, trouxeram uma demanda por espaços amplos, versáteis e altamente equipados, possibilitando a atuação conjunta de equipes de cirurgia convencional e de cardiologia intervencionista visando uma maior segurança e eficácia no tratamento dos pacientes, além de reduzir o tempo e, consequentemente, o custo do tratamento.

Nesse contexto, a sala híbrida insere a alta qualidade da imagem obtida no laboratório de hemodinâmica dentro de um ambiente com condições ideais para cirurgias de alta complexidade. Essa estrutura traz mais conforto, segurança e qualidade a procedimentos diagnósticos e terapêuticos endovasculares, que vão desde um cateterismo cardíaco, até um implante percutâneo de valva aórtica (TAVI).

Sala Híbrida do Hospital Mater Dei – Unidade Contorno

Implante Transcateter de Valva Aórtica (TAVI)

Com o aumento da expectativa de vida da população, tornam-se mais comuns as doenças próprias da faixa etária dos idosos, dentre as quais merecem ênfase as valvopatias degenerativas não reumáticas, notadamente a estenose aórtica, cuja prevalência em idosos com mais de 75 anos de idade tem sido estimada em 3 a 5%. Trata-se da valvopatia mais frequente entre os idosos, e, na sua forma grave, é associada a alta morbidade e letalidade. A estenose valvar aórtica é caracterizada pela obstrução da via de saída do ventrículo esquerdo, tendo como causa principal a calcificação gradual dos folhetos da valva aórtica, que limita a abertura valvar. As manifestações clínicas de estenose aórtica são: angina (dor torácica) aos esforços, tonteira ou síncope e dispneia (falta de ar).

Quando indicar?
A troca valvar cirúrgica ainda é o tratamento de escolha para os pacientes com estenose aórtica sintomática, porém em pacientes idosos e com múltiplas comorbidades, está indicado o implante transcateter (TAVI, do inglês transcatheter aortic valve implantation), que é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo, que possibilita a restauração da função valvar aórtica através de um pequeno corte na virilha (via transfemoral), e através de um cateter, que navega desde a artéria femoral até o coração, a prótese é implantada. É essencial que a seleção e o tratamento dos pacientes sejam realizados por equipe multidisciplinar, também chamada de Heart Team, formada por cardiologistas intervencionistas, cirurgiões cardíacos, cardiologistas clínicos, anestesistas e intensivistas.

O primeiro procedimento de TAVI no mundo foi realizado em 2002 na França pelo professor Alain Cribier, e no Brasil em 2008. Desde então, um número considerável de pacientes já foi tratado. Contudo, apesar das evidências de segurança e eficácia, essa terapia será incorporada no rol da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) apenas agora, em abril de 2021. Apesar de todo esse atraso, a novidade é motivo de muita comemoração. Uma vitória para os pacientes que necessitam do tratamento!

O TAVI deve ser realizado por médicos certificados e experientes, em hospitais com suporte cirúrgico cardíaco e vascular para o tratamento de possíveis complicações.

Sala Híbrida

Multiplicidade de tecnologias em um só espaço, corroborando com a otimização da performance do sistema de saúde, tendo como base o “Triple Aim” em saúde: melhorar a experiência do indivíduo em relação à assistência (incluindo qualidade, segurança e satisfação) melhorar a saúde das populações e reduzir o custo per capita dos cuidados de saúde.

A Sala Híbrida da Rede Mater Dei de Saúde, instalada na Unidade Mater Dei Contorno, vem de encontro ao grande avanço no tratamento das doenças cardiovasculares nos últimos anos, onde cirurgiões cardíacos e vasculares vem buscando técnicas cirúrgicas menos invasivas e os procedimentos endovasculares se tornando cada vez mais complexos. Isso, em muito casos, tem levado à atuação conjunta de equipes de cirurgia convencional e de cardiologia intervencionista visando uma maior segurança e eficácia no tratamento dos pacientes, além de reduzir o tempo e, consequentemente, o custo do tratamento. Nesse cenário, surge a demanda por um espaço físico amplo e versátil, com estrutura capaz de realizar tanto procedimentos diagnósticos, quanto terapêuticos, seja por via convencional, seja por via endovascular, ou por ambas as técnicas associadas.

A sala híbrida insere a alta qualidade da imagem obtida no laboratório de intervenção cardiovascular dentro de um ambiente com condições ideais para uma cirurgia convencional. As principais especialidades que usufruem desse ambiente de trabalho são: cardiologia intervencionista, cirurgia cardíaca, radiologia intervencionista, cirurgia endovascular, neurorradiologia intervencionista, neurocirurgia e eletrofisiologia.

“O objetivo dessa sala é proporcionar mais conforto, segurança e qualidade em procedimentos diagnósticos e terapêuticos endovasculares em qualquer nível de complexidade, ou seja, desde um cateterismo cardíaco ou uma arteriografia até um implante percutâneo de valva aórtica ou uma embolização de um aneurisma cerebral”. explica o médico cardiologista intervencionista e coordenador da Sala Híbrida, Dr. Lucas Lodi.

No espaço é possível realizar procedimentos com alta qualidade de imagem, tendo ainda à disposição, dentro da sala, outros equipamentos diagnósticos auxiliares, como ecocardiografia, tomografia de coerência óptica intravascular – OCT – e fluxo de reserva fracionado – FFR. Estes aparelhos acessórios são conectados ao equipamento, inserindo a imagem em qualquer um dos 6 monitores (sendo um deles de 57”) estrategicamente posicionados na sala, trazendo uma melhor visualização das imagens, especialmente nos procedimentos mais complexos. Equipamentos como o OCT e o FFR auxiliam no diagnóstico e no tratamento da doença arterial coronária, reduzindo a realização de angioplastias coronárias desnecessárias e, consequentemente, o custo do tratamento.

A Sala Híbrida é revestida por módulos em aço inox, trazendo uma antissepsia mais adequada e uma maior facilidade de manutenção. Seu moderno equipamento de hemodinâmica, possui uma tecnologia que reduz em até 73% a radiação no ambiente em relação aos equipamentos tradicionais. Possui ainda uma rede de conectividade, com duas câmeras de vídeo em alta definição para transmissão simultânea do procedimento por videoconferência para qualquer lugar do mundo, bem como um sistema de áudio de última geração, proporcionando um ambiente mais agradável, mais relaxante e mais humanizado para o paciente. “Gosto de realizar os procedimentos ao som de Bach, Chopin e Vivaldi. Os pacientes tem aprovado a iniciativa”, comenta o médico. Acredito que a música ajuda a relaxar tanto o paciente, quanto a equipe assistente. Além da música ambiente, a sala possui um grande painel com uma paisagem de montanhas, bem como um sistema de iluminação que prioriza o conforto e o relaxamento do paciente durante o procedimento. Segundo o presidente da Rede Mater Dei de Saúde, Dr. Henrique Salvador, o painel foi escolhido para que os mineiros se sentissem em casa, em alusão às montanhas de Minas.

Revista Britânica divulga artigo de autoria de cardiologistas intervencionistas do Mater Dei

Em janeiro de 2016, a revista britânica Heart, um dos principais periódicos de cardiologia no mundo, publicou na versão online, o artigo de Revisão sobre valvuloplastia mitral. O texto tem a autoria dos médicos cardiologistas intervencionistas e da Rede Mater Dei de Saúde, Lucas Lodi e Guilherme Athayde.

Artigos de revisão são artigos de atualização sobre um determinado tema e são, na sua maioria, feitos sob encomenda, por meio de convites aos autores de referência em determinado assunto. “A intenção com o artigo não é mudar ou mostrar qualquer técnica nova, mas sim mostrar o que já existe de mais atual sobre o tema. Nosso grupo da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG trabalha em conjunto com um grupo da Harvard Medical School. Juntos, formamos uma das maiores casuísticas de valvoplastia mitral no mundo, com vários artigos já publicados. Esclarece Lucas Lodi, que também é coordenado da Sala Híbrida da Rede.

O médico explica que “a valvoplastia mitral percutânea é um dos tratamentos da estenose mitral, uma doença que atinge a valva mitral do coração. É causada, em sua grande maioria, pela doença reumática, que é uma patologia quase restrita a países em desenvolvimento, como o Brasil, sendo considerado um dos grandes problemas de saúde pública, levando a mais de um milhão de mortes prematuras anualmente no mundo”.

De acordo com Lucas Lodi, o procedimento já é realizado desde 1984, surgindo como alternativa à comissurotomia cirúrgica (cirurgia aberta), com o mesmo resultado a longo prazo, porém com uma menor morbidade.
Sala Híbrida:
Instalada no Mater Dei Contorno, a Sala Híbrida da Rede Mater Dei de Saúde vem ao encontro do grande avanço no tratamento das doenças cardiovasculares nos últimos anos, com técnicas cirúrgicas menos invasivas e os procedimentos endovasculares cada vez mais complexos. O que tem levado à atuação conjunta de equipes de cirurgia convencional e de cardiologia intervencionista visando uma maior segurança e eficácia no tratamento dos pacientes. Nesse cenário, a Sala oferece espaço físico amplo e versátil, com estrutura capaz de realizar tanto procedimentos diagnósticos, quanto terapêuticos, seja por via convencional, seja por via endovascular, ou por ambas as técnicas associadas.

A Sala Híbrida da Rede Mater Dei de Saúde insere a alta qualidade da imagem obtida no laboratório de intervenção cardiovascular dentro de um ambiente com condições ideais para uma cirurgia convencional. Saiba mais sobre a Sala Híbrida na Revista Mater Dei: http://scup.it/b7g5

Stent Convencional versus Stent Farmacológico

A primeira angioplastia coronária por balão foi realizada pelo cardiologista intervencionista alemão Andreas Gruentzig em 1977. A revolução no tratamento da doença arterial coronária veio com o surgimento dos stents convencionais na década de 90, que reduziu drasticamente as complicações agudas causadas pela dissecção intimal, que levava a altas taxas de oclusão aguda do vaso. Porém, apesar dos stents convencionais também terem reduzido as complicações tardias como a reestenose, causada pelo recolhimento elástico e remodelamento negativo, as taxas ainda eram elevadas (20%) às custas de uma hiperplasia neointimal exacerbada, que nada mais é do que uma cicatrização exacerbada no local do implante do stent.

Com o aumento da segurança do procedimento com os stents convencionais, o espectro do tratamento foi ampliado, fazendo com que pacientes com mais comorbidades e anatomias mais complexas fossem submetidos a angioplastia, em detrimento da cirurgia de revascularização miocárdica. Nesse cenário, surgiram, nos anos 2000, os stents farmacológicos, que são semelhantes ao stent convencional, mas possuem um medicamento que reduz a reestenose do stent, às custas da redução dessa hiperplasia neointimal.

Com a evolução desses dispositivos, hoje praticamente não há lugar para os stents convencionais, estando indicado o stent farmacológico em praticamente todos os casos.

Síndrome do roubo coronário-subclávio

A síndrome de roubo coronário-subclávio (SRCS) acomete indivíduos submetidos a cirurgia de revascularização miocárdica com uso da artéria mamária interna esquerda (MIE). Nesses casos, uma estenose da artéria subclávia esquerda (EAS) proximal à origem da MIE reduz o fluxo sanguíneo para o membro superior, causando assim uma inversão do fluxo na MIE, com concomitante “roubo” hemodinâmico da circulação coronária para o membro superior. A principal etiologia da EAS é a aterosclerose.

A síndrome é uma causa rara de isquemia cardíaca, que causa angina recorrente e, mais raramente, claudicação do membro superior e insuficiência cardíaca. Em casos de estenose crítica ou oclusão, pode levar a infarto agudo do miocárdio. Ao exame físico observamos a diminuição da pressão arterial do membro superior ipsilateral à estenose, com uma diferença ≥ 20mmHg entre as pressões arteriais nos 2 membros superiores e a existência de um sopro na fossa supraclavicular. É necessário confirmar a suspeita com Doppler, angio‐TC, angio‐RMN ou arteriografia.

Em indivíduos que se apresentam com EAS e nos quais esta se encontra proximal à origem da artéria vertebral, é ainda possível a existência simultânea de síndrome de roubo subclávio‐vertebral, que se caracteriza pela existência de fluxo invertido na artéria vertebral, desviando assim fluxo da circulação cerebral posterior. Os sintomas mais frequentes são cefaleias, tonturas, vertigens, ataxia e síncope. A correção da EAS é um tratamento eficaz para ambas as síndromes e pode ser feita através de uma angioplastia com implante de stent no local da obstrução.